O secretário Estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou em suas redes sociais que o intervalo para a dose de refoço será reduzido em Mato Grosso. O prazo, que antes era de 5 meses, caiu para 4 meses. A decisão foi tomada após reunião realizada na última sexta-feira (10), na Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
“Essa é uma medida importante para alcançarmos de forma mais rápida uma cobertura satisfatória da dose de reforço. A decisão já está valendo em Mato Grosso e as Prefeituras devem atualizar a dinâmica de aplicação do reforço”, ponderou o secretário de Estado de Saúde e presidente da CIB, Gilberto Figueiredo.
A resolução deve ser publicada nesta segunda-feira (13), ainda não há detalhamento de como será a vacinação nos municípios.
A Prefeitura de Cuiabá divulgou dados sobre a vacinação contra Covid-19 nesta quinta-feira (9), e mostrou que cerca de 82% da população acima de 18 anos com o esquema vacinal completo. Isso significa que cerca de 380 mil pessoas tomaram as duas doses ou a dose única da vacina contra o coronavírus na capital.
“Podemos considerar que estamos com uma cobertura vacinal bastante satisfatória, pois conseguimos ultrapassar os 80% da meta dos adultos e também ultrapassamos 80% da meta dos adolescentes. Mesmo assim, ainda temos uma porcentagem que falta vacinar, e precisamos que o máximo de pessoas possíveis completem o esquema vacinal para nos protegermos ainda mais contra esse vírus”, comentou Flavia Guimarães, gerente da Vigilância Epidemiológica.
Ela enfatiza que apenas a dose de reforço ainda está com a procura baixa. “Começamos a aplicar a dose de reforço em pessoas acima de 60 anos e trabalhadores da saúde. Porém, apenas 8% deste público recebeu a terceira aplicação. Pedimos às pessoas que já estejam na época de tomar a dose de reforço que compareçam aos polos para receber a sua vacina”, concluiu Flavia.
A variante Ômicron do novo coronavírus, descoberta na última semana na África, segue se espalhando pelo mundo e despertando a preocupação das autoridades sanitárias.
No final de novembro, quando a Ômicron tinha registros apenas na África do Sul, Botsuana, Hong Kong e na Bélgica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificou como variante de preocupação. Menos de uma semana depois, a variante já havia tido registro em todos os continentes.
“Essa variante é preocupante porque ela carrega em si várias mutações na proteína spike e essa proteína é a que baseia o uso das vacinas. É utilizada para garantir a imunogenicidade na produção de anticorpos pela vacina”, diz a infectologista Danyenne Rejane de Assis do Hospital Universitário Júlio Muller.
Para a infectologista, o surgimento da Omicron na África do Sul reflete a importância da imunização. De acordo com dados do portal Our World Data, o país imunizou apenas 24,6% de sua população contra o vírus da Covid-19.
“O surgimento dessa variante na África do Sul é uma prova de que uma cobertura vacinal baixa é propícia para o surgimento de novas variantes e variantes que possam ser preocupantes. Essa variante já foi classificada como uma variante de preocupação pela OMS”.
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