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29/11/2021 - 10:33 | Atualizada em 29/11/2021 - 10:39

Enem 2021

2º dia aborda Mariana e Pantanal

Giro Conti

Por portal G1

O segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (28), abordou o impacto ambiental do acidente em Mariana (MG), a literatura de cordel para falar de corpos celestes e a extinção das preguiças-gigantes no Pantanal. A pandemia de covid ficou de fora.

Uma das questões de matemática, que tratava da Copa do Brasil, no entanto, não tinha resposta correta, segundo professores de cursinhos ouvidos. Procurado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, não havia se pronunciado até a última atualização desta reportagem. O gabarito oficial deve ser divulgado até quarta-feira (1º).

No total, eram 90 perguntas de múltipla escolha de matemática e ciências da natureza (física, química e biologia).

A aplicação do exame transcorreu sem registro de problemas pelo país. No total, cerca de 3,1 milhões de candidatos se inscreveram no exame. No primeiro dia, 26% faltaram à prova. A abstenção do segundo dia deverá ser divulgada nesta segunda-feira (29).

Quem perdeu o Enem tem até a próxima sexta-feira (3) para apresentar justificativa e pedir a reaplicação, prevista para 9 e 16 de janeiro.

Assim como na primeira etapa da prova, em que um estudante passou por baixo do portão que se fechava para conseguir entrar no local de prova, o exame neste domingo rendeu histórias inusitadas.

Um estudante de Goiás foi picado por um escorpião durante a prova. Ele achou que a dor era de nervosismo por causa do exame, até ver o animal enrolado no chão.

Em Olinda (PE), um casal brigou na porta da escola onde faria o exame e acabou indo parar na delegacia. No Recife, um irmão e uma irmã chegaram de moto em cima da hora, mas só ela conseguiu entrar no prédio. No desespero, ele chegou a pensar em pular o portão, mas desistiu.

Usado para o ingresso em diversas universidades do país, o Enem representa esperança para muitos candidatos. É o caso de um pedreiro da Bahia de 41 anos que sonha ser engenheiro civil. Ou o da amapaense de 77 anos que quer fazer uma faculdade, mas ainda não decidiu o curso. "Nunca é tarde pra tentar", disse.

Uma moradora de João Pessoa de 78 anos também fez o Enem com o objetivo de ir atrás de um sonho. Ela pretende retomar os estudos, interrompidos na adolescência, e cursar letras.

Tem ainda a história da estudante de 29 anos que encarou mais de 100 quilômetros de viagem no Amapá, em três horas de van, para fazer o Enem e ser a primeira da família a ter ensino superior.

Quem também fez o exame cheia de esperança foi uma soteropolitana de 45 anos que sempre teve o desejo de cursar pedagogia, mas nunca teve condições financeiras. "Trabalho desde os 9 anos e só agora estou conseguindo", disse.

Em Belém, um grupo de cosplayers (fãs de personagens) se posicionou na porta de um dos locais de prova com cartazes motivacionais para recepcionar os candidatos. "Eu acredito no seu potencial" e "Vai dar tudo certo" eram algumas das frases.

A estudante de Teresina que, no primeiro dia, esqueceu a identidade e foi salva por um professor que foi buscar o RG na casa dela, se garantiu neste domingo: "Dessa vez, eu lembrei".

Ainda no Piauí, teve uma estudante que nem no Enem abandonou o time do coração: ela foi vestida com a camisa do Flamengo, mesmo após a derrota na final da Libertadores para o Palmeiras no sábado.

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