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17/05/2021 - 16:05

Insumos para a produção da Coronavac devem chegar ao Brasil até o dia 26

Produção do imunizante chinês está paralisada desde quarta-feira (12) por causa da falta do insumo; instituto Butantan diz que deve receber IFA no dia 26

Giro Conti

Insumos para a produção da Coronavac devem chegar ao Brasil até o dia 26

Foto: Reprodução

Por CNN Brasil 

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (17) que o Brasil deve receber da China um novo lote de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) até o dia 25 de maio. O IFA é necessário para a produção da Coronavac pelo Instituto Butantan, de São Paulo, que está com a fabricação suspensa por falta de insumos desde quarta-feira (12).

A informação foi dada pelo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, na Comissão Temporária sobre a Covid-19 no Senado. A expectativa deve se confirmar ainda hoje.

Pelo Twitter, o Instituto Butantan e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disseram que é esperada a chegada de quatro mil litros de IFA no dia 26 de maio, o suficiente para a produção de mais 6,7 milhões de doses da Coronavac.

De acordo com governo de São Paulo, dez mil litros de insumo aguardam autorização de embarque na China, onde o IFA é produzido. Até a confirmação de que os quatro mil litros de IFA devem chegar no dia 26, o Butantan informava que não tinha data para receber os insumos.

A produção do imunizante está paralisada no Butantan desde quarta-feira (12) por causa da falta desta matéria-prima. Por isso, o instituto alertou sobre a possibilidade de impacto no cronograma de entrega de vacinas em junho.

Por causa da demora, o Instituto Butantan também não deve conseguir adiantar o repasse das 54 milhões de doses até agosto, como havia sido inicialmente projetado. A previsão se mantém em setembro, mas isso também depende da chegada de mais insumo sem atrasos.

De janeiro até maio, foram entregues ao Ministério da Saúde 46 milhões de doses da Coronavac. O primeiro contrato pedia a chegada até abril. Entretanto, os atrasos na chegada e mais insumos também dificultaram a produção.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, tem atribuído a demora na vinda do IFA às falas do presidente Jair Bolsonaro a respeito China. Em discurso na semana passada, sem citar nomes, o presidente falou que está em andamento uma "guerra química, bacteriológica e radiológica" e levantou suspeita de que o coronavírus causador da Covid-19 tenha sido produzido em laboratório.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também atribuiu o atraso aos entraves diplomáticos. “Hoje é uma questão política e diplomática. Não há nenhum problema contratual, nem operacional”, disse Doria, que elogiou a postura do chanceler Carlos França e avaliou que o ministro empossado recentemente “deu outra postura” ao Itamaraty. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que essa demora é um “entrave normal” e não depende apenas de diplomacia.

O governador também pediu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) agilidade para liberar os testes clínicos das fases 1 e 2 da Butanvac, desenvolvida pelo Butantan. “Não há razão para demora”, disse o governador.

 

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