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14/09/2021 - 10:33 | Atualizada: 14/09/2021 - 11:54

Autoridades constatam invasão das águas poluídas no Guaporé



Por Jean Kenedes, com Redação

Autoridades locais no município de Vila Bela da Santíssima cobram providências diante da situação de poluição do rio Guaporé.

Conhecido na Bolívia como rio Iténez, o rio é um curso de água da bacia do rio Amazonas, no Brasil e na Bolívia. Banha os estados de Mato Grosso e de Rondônia e os departamentos bolivianos de Santa Cruz e Beni, servindo de divisa entre os dois países.

O rio Guaporé nasce do encontro do rio Moleque, rio Sepultura e do rio Lagoazinha na chapada dos Parecis (MT). Sua extensão é de 1.716 km, sendo que 1.150 km são navegáveis a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade, em todo seu percurso no estado de Rondônia e uma pequena parte de Mato Grosso. Nesse trecho navegável faz fronteira entre o Brasil (margem norte) e a Bolívia (margem sul).

O Guaporé passou a ter um dia dedicado a si na cidade de Vila Bela, por meio do projeto de Lei nº 800/2008 de autoria do vereador Edclay Lopes Coelho.

O dia do Rio Guaporé, que é no 2º domingo de setembro, foi comemorado com um passeio ecológico, onde várias embarcações estiveram participaram. O evento teve como principal foco a preservação do manancial.

A equipe da Marinha do Brasil acompanhou de perto todos os trabalhos e orientou os pilotos das embarcações.

O principal objeto do passeio foi levar as autoridades políticas e de Justiça para visualizarem de perto a situação lamentável que passou a ser registrado no encontro das aguas do Guaporé com o Sararé.

Entre as autoridades convidadas para participar do evento esteve o delegado da Polícia Civil João Paulo Berté, que afirma um dos pilares da PJC é o combate a crimes ambientais. "Esse contribui principalmente para conscientização da necessidade de preservação do rio", destacou o delegado.

Presente no passeio ecológico, o Promotor de Justiça, Dr. Samuel Costa, parabenizou os organizadores pela iniciativa de preservação. O juiz da Comarca de Vila Bela, Dr. Elmo Lamóia, também parabenizou a iniciativa.

Além das autoridades, quem sofre com a condição do rio são os moradores. Roque Jung, produtor rural da região, reclama que falta fiscalização dos órgãos ambientais para evitar que criminosos façam a poluição do rio.

"É uma vergonha, eu fui pescar lá no rio e descendo um rio pra baixo nós chegamos no Guaporé. Cadê as autoridades? Cadê a Sema? Nós fomos pescar lá e não teve nem jeito", comenta indignado o morador. 
 
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