Por Leonardo Heitor - Folhamax
Considerado um dos principais aliados do governador Mauro Mendes (UB) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Max Russi (PSB) sugeriu em entrevista à radio Conti, na manhã desta quinta-feira (4), que o cenário de palanque aberto para o Senado é o melhor caminho a ser tomado pelo gestor estadual. De acordo com o parlamentar, a possibilidade faz com que o chefe do Palácio Paiaguás não precise se desgastar, além de aumentar ainda seu tempo de rádio e televisão, para a campanha eleitoral à reeleição.
A indefinição sobre a questão do palanque para o Senado, no entanto, tem incomodado o PSB. Mauro Mendes ainda não definiu quem apoiará na disputa para o cargo.
Concorrem ao posto, o senador e candidato à reeleição, Wellington Fagundes (PL), o deputado federal Neri Geller (PP), além da própria candidata do partido de Russi, a médica Natasha Slhessarenko. Apoiadores do governador defendem um palanque aberto, mas o PL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, querem apoio exclusivo ao atual senador.
Max, no entanto, vê pontos positivos, caso o palanque seja fechado e o PSB busque suplentes em outras legendas. “Vamos conversar novamente com o governador, que voltou ontem de Brasília. Temos uma candidatura majoritária e buscado alguns partidos. Acreditamos em uma definição um pouco mais clara hoje, sobre quem será o candidato ao Governo da oposição e se o palanque do Mauro será aberto ou fechado. Isso deve encaminhar bem nesta quinta, para que estes entendimentos sejam fechados amanhã. O indicativo é de caminhar com o governador, na proposta do palanque aberto. Essa indefinição acabou não permitindo que avançasse a construção dos suplentes. No palanque aberto, que é uma defesa nossa, do PSB, juntamente com o MDB, do Bezerra, nossa chapa seria pura. Não tendo este encaminhamento, abriríamos as suplências, o que pra nós seria o melhor cenário, por conta do tempo de TV”, afirmou Russi.
De acordo com o deputado estadual, o governador e seu partido, o União Brasil, têm deixado claro que o interesse do grupo é manter o palanque aberto. Ele apontou, no entanto, que caso o entendimento seja mudado e seja definido um apoio exclusivo a Wellington Fagundes, Natasha terá caminho aberto para fazer as tratativas e entendimentos que quiser.
Alguns partidos, como PDT, Solidariedade e PROS podem compor a chapa da candidata ao Senado. “Vamos defender o palanque aberto até o momento que for possível. Caso se coligue com o PL, a Natasha ficará liberada para fazer os entendimentos que quiser. Para o Mauro, o palanque aberto é o melhor dos caminhos pois consegue fazer uma boa coligação, um bom tempo de TV e faz uma discussão sem uma marca muito forte com A ou B. Para a chapa ao Senado, já visualizamos algumas possibilidades, principalmente dentro do PSB, se tivermos chapa pura. Fora, conversamos com o Solidariedade, que demonstrou interesse na suplência. O PDT, através do Lilo Pinheiro, manifestou também interesse. Tivemos uma conversa para o PSDB, mas que não avançou na proposição de nomes ou mesmo em suplência. O PROS está nessa confusão nacional, mas também tem interesse, revelou.
