Mato Grosso vai ter mais 150 empresas qualificadas para atuar no comércio internacional. O Escritório de Inovação Tecnológica (EIT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) atua em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e a Fundação Uniselva estão desenvolvendo o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), para preparar empresas não exportadoras e iniciantes de forma planejada e segura.
O diretor do Escritório de Inovação Tecnológica, professor Raoni Teixeira, explica que o projeto está organizado em um núcleo operacional em Cuiabá e pólos nas cidades de Rondonópolis e Sorriso. “O projeto da UFMT foi selecionado no Edital de Chamamento Público n. 01/2020 e executado no âmbito do Escritório de Inovação Tecnológica (EIT/UFMT)”, pontuou o diretor acrescentando que o PEIEX tem a implementação garantida a partir da parceria com a Apex Brasil. A agência realiza trabalhos em dois caminhos, a promoção de produtos e serviços brasileiros no exterior e a atração de investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.
“Todo o processo de seleção e capacitação das empresas acontece de acordo com a metodologia da ApexBrasil. São realizadas capacitações individualizadas para cada empresa atendida. Ao fim do processo, é elaborado um plano de exportação, para um produto e mercado”, explicou Raoni Teixeira. O PEIEX ajuda a eliminar incertezas que alcançam os investidores, minimizando o impacto da sazonalidade com a diversificação de clientes e mercados.
Atendimento será conduzido por equipe da UFMT
A equipe que vai atender no dia a dia é selecionada pela UFMT. O grupo é composto de dez pessoas que vão atuar nas orientações aos futuros exportadores. “O projeto é financiado pela Apex-Brasil com recursos para pagamento dos técnicos que atuam diretamente na prospecção e capacitação das empresas. Como contrapartida, a UFMT oferece uma equipe técnica ligada ao EIT que atua também na coordenação das atividades e, com apoio da Fundação Uniselva, cuida da gestão financeira do projeto”, explica o diretor do EIT.
“Esse desenho permite que as empresas recebam essa qualificação de forma gratuita e que o bloqueio não impacte nas atividades do Programa PEIEX, reforçando o papel da UFMT em sua missão de contribuir com o desenvolvimento regional”, prossegue.
As empresas selecionadas para receber os atendimentos são de diferentes setores. “A expectativa do PEIEX-MT é qualificar 150 empresas de qualquer porte ou setor de negócios, podendo ser de bens ou serviços”, destacou o professor, acrescentando que os requisitos para participar são ter CNPJ ativo, produto ou serviço com potencial para ser exportado e disponibilidade de tempo para a capacitação. O diretor da EIT-MT informou que as empresas participantes não necessitam ter realizado alguma operação de exportação anterior. “Em Mato Grosso, o programa já capacitou, inclusive, empresas enquadradas como MEI. O atendimento é gratuito, mas a empresa deve estar disposta a dedicar tempo e investir na melhoria do seu processo”, afirmou.
Regionalidade e sustentabilidade são marcas dos produtos exportados
O professor Raoni Teixeira enfatizou que os setores mais atendidos pelo PEIEX são os de alimentos/bebidas e o de vestuário Há também a previsão de atender o setor de serviços agroambientais e de produtos com características de regionalidade e sustentabilidade, tais como as castanhas, pescados e madeiras. “Diante dessa diversidade de empresas atendidas, o PEIEX tem como premissa orientar que as empresas que ainda não exportam, que o façam de forma planejada e segura, avaliando os riscos envolvidos em todas as operações, já que muitos são os benefícios da exportação”, relatou.
Entre os benefícios do programa, o diretor da EIT apontou principalmente a diminuição da carga tributária. “Além disso, as principais vantagens da exportação são: (1) a diversificação de clientes e mercados, pois minimiza o impacto da sazonalidade dos produtos da empresa, (2) aumentar o poder de negociação com os fornecedores locais e internacionais, (3) facilidade em acessar linhas de créditos específicas e (4) melhoria da qualidade dos produtos ao adequá-los aos padrões internacionais, pois a produção é otimizada para atender o aumento da demanda e amplia o acesso a tecnologias de ponta”, finalizou.
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