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Notícias | Polícia

01/03/2022 - 08:07 | Atualizada em 01/03/2022 - 08:17

PF fecha refinaria de drogas na fronteira de MT com a Bolívia

Quatro pessoas foram presas; ação ocorreu em conjunto com a Polícia Boliviana

Giro Conti

PF fecha refinaria de drogas na fronteira de MT com a Bolívia

Foto: Polícia Federal

Do Giro Conti

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (28), a Operação Guaporé que visa o combate internacional de drogas.

Uma quadrilha que mantinha um laboratório do narcotráfico na região de fronteira com a Bolívia, localizada a poucos quilômetros de Comodoro (MT), foi presa e o local destruido pelos policiais.

Além da PF de Mato Grosso, participaram da operação ‘Guaporé’ a polícia boliviana, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

O laboratório destinado ao refino de cocaína, segundo a polícia, foi montado dentro do Parque Noel Kempff, em área localizada a cerca de 1,8 km da fronteira do Brasil.

“Trata-se de uma das maiores estruturas empregadas para o refino de cocaína já desarticuladas na região, em um meticuloso trabalho desenvolvido através da cooperação entre as forças policiais do Brasil e da Bolívia”, informou a PF.

Policiais descobriram estrada que dá acesso a laboratório de droga  — Foto: Polícia Federal
Policiais descobriram estrada que dá acesso a laboratório de droga — Foto: Polícia Federal

No local, os policiais encontraram um colombiano, dois bolivianos e um brasileiro, que foram presos em flagrante. Todos foram encaminhados para Santa Cruz de La Sierra.

A polícia também apreendeu uma grande quantidade de material usado para o refino, equipamentos como destilador e um potente gerador, enterrado no subsolo do local, além de uma grande quantidade de cocaína.

De acordo com a polícia, estima-se que o laboratório teria capacidade de refinar aproximadamente duas toneladas de drogas por semana.

‘Laboratório sofisticado’
A polícia informou que o laboratório usado pelos traficantes era bem equipado e possuía uma grande quantidade de materiais. Os policiais encontraram um sofisticado sistema de internet via satélite, rádio comunicadores, depósito de combustível, diversas redes, em uma espécie de dormitório, televisão, geladeira fogão e um refeitório.

Próximo ao local havia duas pistas de pouso, sendo uma aparentando ter sido inaugurada há pouco tempo. A refinaria possuía dois acessos, um pelo Rio Guaporé e outro pelo Córrego do Espeto.

Há aproximadamente dois anos, o Núcleo de Inteligência do Gefron e a Delegacia de Polícia Federal de Cáceres estavam recebendo informações de que, na região do Rio Guaporé, em Comodoro (MT), fronteira entre o Brasil e a Bolívia, haveria uma refinaria de cocaína.

Segundo a polícia, naquela região foram realizadas diversas apreensões de drogas e, em julho de 2021, foi apreendida uma grande quantidade de insumos para a fabricação de pasta base e cloridrato de cocaína, fato que chamou a atenção das forças de segurança em relação à região.

Denúncias
A polícia informou ter recebido várias denúncias anônimas, informando sobre o suposto laboratório, onde estariam pousando pequenos aviões toda semana.

Em buscas às margens do Rio Guaporé, os policiais descobriram uma estrada que levava até uma barranca do rio – levantando a suspeita de que aquela poderia ser uma rota para a refinaria.

Após as informações preliminares, a polícia de Mato Grosso e da Bolívia se juntou para montar a operação.

Equipes conjuntas da Polícia Federal e do Gefron se posicionaram na fronteira, às margens do Rio Guaporé, para acompanharem, no lado brasileiro, os resultados das buscas realizadas pela Polícia boliviana.

Helicópteros do Ciopaer ajudaram no transporte das forças policiais brasileiras, por se tratar de um local de difícil acesso.

A principal hipótese, segundo a pol´ciia, era a de que a pasta base de cocaína chegava até o laboratório de avião, em grandes quantidades, e ali era refinada até se transformar em cloridrato de cocaína.

Em seguida, era embalada, atravessava o Rio Guaporé com destino ao Brasil, onde era colocada em barcos ou caminhonetes e embarcada para caminhões em Comodoro.

A polícia informou ainda que as investigações terão continuidade para identificar os suspeitos envolvidos no refino e no transporte da droga no Brasil, além das rotas utilizadas e destino final do entorpecente.

 

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