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28/02/2022 - 15:04

1ª reunião por cessar-fogo acaba sem acordo entre Rússia e Ucrânia

Assembleia-Geral da ONU realiza reunião emergencial para discutir conflito no leste europeu

Giro Conti

1ª reunião por cessar-fogo acaba sem acordo entre Rússia e Ucrânia

Foto: Reprodução

Da CNN Brasil

Países do Ocidente e a China condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia em discursos realizados nesta segunda-feira (28) durante uma reunião emergencial da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), convocada pelo Conselho de Segurança da organização no domingo (27).

Entre os países-membros, o embaixador da Ucrânia junto à ONU, Sergiy Kyslytsya, foi o primeiro escalado a falar. Ele condenou as ações do governo de Vladimir Putin e, durante sua fala, afirmou que as próprias Nações Unidas estão sob ameaça, caso a Ucrânia não resista ao enfrentamento militar.

“Se a Ucrânia não sobreviver, a paz tampouco sobreviverá. Se a Ucrânia não sobreviver, a ONU não sobreviverá. Não se iludam: se a Ucrânia não sobreviver, não será uma surpresa se a democracia ruir em seguida”, declarou o embaixador ucraniano. “A única parte culpada aqui é a Federação Russa.”

Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU, falou na reunião emergencial, e afirmou que “ainda há tempo de parar a guerra… este é um momento decisivo para a ONU e para o mundo”.

O embaixador declarou também estar preocupado com a sucessão de eventos que levarão a um conflito mais amplo, caso os ataques da Rússia sobre a Ucrânia não pare. “Todos sofrerão, não só os envolvidos na guerra, como os que pedem uma diminuição da agressão”.

Em seu discurso, o embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, sugeriu que o começo dos conflitos entre país e a Ucrânia estaria no não cumprimento de acordos previamente estabelecidos.

“A raiz das ações atuais está há muitos anos na sabotagem e na desobediência das obrigações”, afirmou. Nebenzya complementou considerando que “recentemente, houve em Kiev um acordo para reconsiderar e para que eles cumprissem aquilo que eles assinaram em 2015”.

O embaixador se refere ao Acordo de Minsk, em que Rússia e Ucrânia se comprometeram com um cessar-fogo e com planos de reintegração das províncias separatistas do leste ucraniano. Segundo ele, o não cumprimento do tratado seria um dos motivos da invasão russa – que já entra no quinto dia de confrontos.

Primeiro encontro entre Rússia e Ucrânia termina sem acordo
Foi encerrado sem acordo o primeiro encontro entre delegações diplomáticas de Ucrânia e Rússia, que se reuniram na região da fronteira com Belarus, nesta segunda-feira, para discutir um possível cessar-fogo.

De acordo com o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, os representantes retornarão às suas respectivas capitais antes de uma segunda rodada de negociações, informou a agência de notícias RIA. Os países estão em uma guerra que já persiste há cinco dias, desde que forças russas invadiram o território ucraniano.

A delegação ucraniana incluiu, entre outros, o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, conselheiro do chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podoliak, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mykola Tochytskyi.

O presidente Volodymyr Zelensky não fez parte do grupo. O país exigiria um “cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas”, disse um comunicado da presidência ucraniana mais cedo.

Na última sexta-feira, em mensagem de vídeo, o presidente da Ucrânia pediu conversas diretas com o líder russo Vladimir Putin. “Gostaria de me dirigir ao presidente da Federação Russa mais uma vez. Há combates em toda a Ucrânia agora. Vamos nos sentar à mesa de negociações para impedir a morte das pessoas”, disse Zelensky.

Presidente ucraniano assina pedido formal de adesão à União Europeia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou nesta segunda-feira (28) um pedido oficial para a Ucrânia ingressar na União Europeia (UE).

Diante da invasão russa ao país, Zelensky pediu ao bloco que permita que a Ucrânia se torne membro imediatamente sob um procedimento especial.

Pelo Twitter, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, afirmou que a “esta é a escolha da Ucrânia e do povo ucraniano. Nós mais do que merecemos”.

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