Sábado, 20 de Abril de 2024
0 0
:
3 8
Escute a rádio online | Cuiabá

Notícias | Jurídico

23/02/2022 - 21:16 | Atualizada em 24/02/2022 - 07:43

Duas décadas após assassinato, Josino é absolvido pela 2ª vez

Julgamento que começou na segunda (21), terminou na noite desta quarta (3)

Giro Conti

Duas décadas após assassinato, Josino é absolvido pela 2ª vez

Foto: João Vieira/GazetaDigital

Do Giro Conti - Ariana Martins

Após três dias de julgamento, a Justiça acatou os argumentos da defesa sobre a falta de provas na acusação e absolveu empresário Josino Guimarães pela morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, em 1999.

A decisão do júri popular saiu na noite desta quarta-feira (23), e o conselho de setença entendeu que Josino não concorreu para o crime.

Responsável pela acusação, o Ministério Público Federal já anunciou que não vai mais recorrer do caso.

Este foi segundo julgamento que o empresário enfrentou. Em 2011, no primeiro julgamento, Josino foi absolvido, no entanto, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) anulou sua absolvição e determinou um novo julgamento, em 2014. Com retomada do caso na Justiça, Josino retornou ao banco dos réus e novamente foi inocentado pelo envolvimento no crime.

O crime
Segundo a Polícia Federal, o corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral foi encontrado morto numa vala ao lado de uma estrada de terra que liga as cidades de Loreto e Concepción, no dia 7 de setembro de 1999.

Ele foi assassinado com dois tiros na cabeça e havia sido visto com vida pela última vez dois dias antes, em um hotel em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

O magistrado havia denunciado, naquele mesmo ano, um esquema de venda de sentenças envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). As denúncias foram encaminhadas também à CPI do Judiciário, do Senado Federal, em julho de 1999.

Além da venda de sentenças, entre as denúncias de Leopoldino feitas aos senadores estavam as práticas de contratação de funcionárias mediante favores sexuais, nepotismo, tráfico de influência, e aposentadoria irregular de parentes dos desembargadores do TJMT.

O Ministério Público Federal (MPF) acusa o empresário de ser um dos lobistas dessa suposta venda de sentenças, e de ter mandado matar o magistrado em retaliação por ele ter delatado o esquema.

O empresário foi denunciado pelo Ministério Público Federal por homicídio qualificado em 2000.

Em 2001, a ex-escrevente do Tribunal de Justiça (TJ-MT), Beatriz Árias, foi condenada pela Justiça a 12 anos por coautoria do crime. Já o tio dela, Marcos Peralta, foi condenado como o autor dos disparos, mas ele morreu na cadeia.
(Do g1MT)

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet