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23/02/2022 - 10:26 | Atualizada em 23/02/2022 - 10:37

Terceiro dia de julgamento tem início; sentença deve sair ainda hoje

Nesta quarta-feira, será a vez do debate entre o MPF, representado pelo procurador Fabrício Carrer, e a defesa de Josino, feita pelo advogado João Cunha

Giro Conti

Terceiro dia de julgamento tem início; sentença deve sair ainda hoje

Foto: João Vieira/GazetaDigital

Do Giro Conti

Começou o terceiro dia do julgamento do empresário, Josino Guimarães, 67 anos, na manhã desta quarta (23). Na abertura do terceiro dia de julgamento, o procurador da República, Fabrício Carrer afirmou, que o empresário Josino Guimarães, réu no caso, tinha interesse em calar o juiz Leopodino Marques do Amaral, morto em 1999.

O julgamento está sendo realizado no Tribunal do Júri da Justiça Federal de Mato Grosso, em Cuiabá e a expectativa é de que a sentença seja proferida ainda na tarde de hoje (23).

Nesta quarta-feira, será a vez do debate entre o MPF, representado pelo procurador Fabrício Carrer, e a defesa de Josino, feita pelo advogado João Cunha. 

Josino foi ouvido nesta terça-feira (22), e falou sobre sua relação com membros do Poder Judiciário, à época, e chorou. 

Crime no Paraguai
Segundo a Polícia Federal, o corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral foi encontrado morto numa vala ao lado de uma estrada de terra que liga as cidades de Loreto e Concepción, no dia 7 de setembro de 1999.

Ele foi assassinado com dois tiros na cabeça e havia sido visto com vida pela última vez dois dias antes, em um hotel em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

O magistrado havia denunciado, naquele mesmo ano, um esquema de venda de sentenças envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). As denúncias foram encaminhadas também à CPI do Judiciário, do Senado Federal, em julho de 1999.

Além da venda de sentenças, entre as denúncias de Leopoldino feitas aos senadores estavam as práticas de contratação de funcionárias mediante favores sexuais, nepotismo, tráfico de influência, e aposentadoria irregular de parentes dos desembargadores do TJMT.

O Ministério Público Federal (MPF) acusa o empresário de ser um dos lobistas dessa suposta venda de sentenças, e de ter mandado matar o magistrado em retaliação por ele ter delatado o esquema.

O empresário foi denunciado pelo Ministério Público Federal por homicídio qualificado em 2000.

Em 2001, a ex-escrevente do Tribunal de Justiça (TJ-MT), Beatriz Árias, foi condenada pela Justiça a 12 anos por coautoria do crime. Já o tio dela, Marcos Peralta, foi condenado como o autor dos disparos, mas ele morreu na cadeia.
(Do g1MT) 


 

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