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21/02/2022 - 17:32 | Atualizada em 21/02/2022 - 17:52

Justiça manda soltar padre acusado de estuprar menores em Sinop

Nelson Loch foi preso na semana passada após ser acusado de ter se relacionado com menores

Giro Conti

Justiça manda soltar padre acusado de estuprar menores em Sinop

Foto: Reprodução

Do Giro Conti

Em decisão proferida, na tarde desta segunda-feira (21), o desembargador Marcos Machado acatou o pedido da defesa do padre Nelson Koch, acusado de estuprar menores em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá). 

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou que o padre deverá cumprir algumas medidas cautelares impostas pelo magistrado, como comparecimento regular em juízo, proibição de se aproximar até 1km das vítimas e não poder se ausentar da comarca. O processo tramita em segredo de justiça para a preservação das vítimas.

De acordo com William Puhl, advogado de defesa do padre, um habeas corpus foi impetrado na Justiça no último sábado (19) requerendo a conversão da prisão preventiva em soltura.

O caso
Foi preso, na manhã de quinta-feira (17), pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e do Idoso de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), um Padre de 54 anos, pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual.

Além da prisão, a equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de (DEDMCAI) cumpriu mandado de busca e apreensão domiciliar no endereço de Nelson Koch, uma chácara na zona rural de Sinop. As ordens judiciais foram deferidas pela 2ª Vara Criminal de Sinop, após representação da Polícia Civil com base em fatos apurados que apontam os atos praticados pelo religioso.

De acordo com o delegado Pablo Bonifácio Carneiro, a mãe de uma vítima procurou o plantão da Polícia Civil e declarou que seu filho, de 15 anos, trabalha desde o ano passado na igreja liderada pelo religioso e teria sofrido abusos sexuais praticados em diferentes períodos.  

Posteriormente, mãe e filho foram ouvidos na delegacia especializada. Em depoimento especial, conforme prevê a legislação, o adolescente confirmou os abusos sexuais e descreveu que o investigado cometeu os supostos atos criminosos quando o menor de idade tinha sete, 13 e 15 anos.

Outro adolescente, de 17 anos, também ouvido pela Polícia Civil, confirmou que o religioso teria, nos últimos três anos, sem a sua anuência, praticado ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia, caracterizando o crime previsto no artigo 215-A do Código Penal.

O delegado destaca que em uma das oitivas, uma das vítimas informou que o religioso, mesmo de forma velada, o ameaçou dizendo que é uma pessoa de influência. “Desta forma, acreditamos que a segregação da liberdade do suspeito irá encorajar outras eventuais vítimas que ainda não tiveram coragem de denunciar”, pontou Pablo Carneiro.

A Polícia Civil também representou pelo afastamento do sigilo de dados e pela autorização de acesso e extração de dados contidos em dispositivos eletrônicos apreendidos na casa do suspeito, que serão analisados pela equipe da delegacia especializada.

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