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17/02/2022 - 14:33

Justiça marca novo júri de empresário por assassinato de juiz

Julgamento terá início na próxima segunda-feira (21) e pode durar até três dias

Giro Conti

Justiça marca novo júri de empresário por assassinato de juiz

Josino Guimarães que será levado a novo júri popular

Do Mídia News

O juiz Paulo Cesar Sodré, da 7ª Vara Federal de Cuiabá, marcou para o dia 21 de fevereiro o novo Tribunal do Júri do empresário Josino Pereira Guimarães, acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques de Amaral.

De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, a estimativa é que o julgamento dure três dias. O processo corre em segredo de Justiça.

 Leopoldino foi encontrado morto no 7 de setembro de 1999, em Concépcion, no Paraguai, próximo à fronteira com o Brasil.

O Ministério Público Federal (MPF) acusa Josino Guimarães de ser o mandante do crime, após ser denunciado pela vítima em um suposto esquema de vendas de sentenças na Justiça Estadual de Mato Grosso.
 
O empresário já havia sido julgado pelo Tribunal do Júri em novembro de 2011, ocasião em que foi absolvido.

Porém, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, anulou a decisão e determinou um novo julgamento em 2014.

 Durante esse período, Josino ingressou com vários recursos, o que acabou protelando a realização do júri popular.

Ele ainda aguarda o julgamernto de um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que pode suspender o Tribunal de Júri. 

O crime
O corpo do juiz foi encontrado carbonizado e com ferimentos de bala na cabeça, em Concepción, no Paraguai, em setembro de 1999.


Josino_-_Leopoldino_1.jpg
Leopoldino Amaral foi assassinado em 1999
 


As investigações da Polícia Federal levaram à prisão, na época, da ex-escrevente Beatriz Árias Paniágua, como coautora do crime; do tio dela, Marcos Peralta, como autor do assassinato; e de Josino Guimarães, como mandante.

Beatriz foi condenada a 12 anos de prisão em 2001. Depois de cumprir dois terços da pena, ela conseguiu o livramento condicional e deixou o Presídio Feminino Ana Maria do Couto.
 
Marcos Peralta, tio da ex-escrevente, foi preso em Assunção, Capital do Paraguai, no fim de setembro de 2001.

Peralta, porém, morreu no dia 1º de março de 2005, enquanto estava preso, por complicações causadas por diabetes.
 
Já Josino foi solto por decisão judicial.

 "Manipulação" do caso
Em 2011, Josino e outras quatro pessoas foram condenadas pelo juiz federal Paulo Sodré por tentarem montar uma farsa no intuito de favorecer o empresário, consistente na informação de que o juiz estaria vivo.

Josino, o seu irmão Cloves Guimarães, o delegado Márcio Pieroni, o agente prisional Gardel Lima e o detento Abadia Proença foram punidos por crimes como formação de quadrilha, denunciação caluniosa, violação de sepultura, quebra de sigilo funcional, fraude processual, interceptação telefônica para fins não previstos em lei e desobediência.

Na ocasião, Márcio Pieroni foi condenado a 20 anos e 4 meses de prisão; Josino Guimarães a 9 anos; Gardel Lima a 10 anos e 10 meses; e Abadia Proença a 9 anos e 4 meses.

Eles chegaram a ser presos na época, mas conseguiram liberdade na Justiça.

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