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02/12/2021 - 11:30 | Atualizada em 02/12/2021 - 11:44

“Lamentável que o prefeito usou a coletiva pra fazer sua defesa que deve ser feita nos autos do processo”

Edna Sampaio ainda disse que vai cobrar da administração municipal a realização de um concurso já que Cuiabá têm 60% de contratados

Giro Conti

“Lamentável que o prefeito usou a coletiva pra fazer sua defesa que deve ser feita nos autos do processo”

Foto: Giro Conti

Da Redação

Em entrevista à jornalista Ariana Martins, na noite desta quarta-feira (1º), no Jornal Giro Notícias, a vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio classificou coletiva do prefeito de lamentável por ter usado o espaço para fazer sua defesa no processo que o afastou da prefeitura por 39 dias.

“Eu ouvi a coletiva inteira do prefeito [Emanuel Pinheiro] muito atentamente e eu achei lamentável que ele tivesse usado o espaço da coletiva pra fazer sua defesa que deve ser feita nos autos do processo proposto pelo MPE. Como prefeito, uma coletiva deveria servir para ele dizer qual vai ser a iniciativa que será tomada pela prefeitura no sentido de sanar o problema das contratações que não são legais”, criticou a vereadora.

Edna ainda reclama do fato de mais de 60% dos profissionais na administração municipal serem contratados.

“Nós temos no município de Cuiabá 60% de pessoas contratadas, que não é nem teste seletivo gente. Simplesmente as pessoas mandam currículo, é amigo disso, daquilo e eles contratam. E eu ouvi o prefeito legitimando essa pratica. Ele disse várias vezes “isso é comum”, “é normal”, “sempre vai acontecer”. Não. A constituição determina que a administração pública não pertence ao gestor de plantão, ela pertence ao povo. E é por isso que todas as práticas no âmbito da administração pública têm que ser legail, ter transparência, tem que ser pública. Eu não posso contratar ninguém porque é meu amigo”, disse ela.

Para parlamentar a pratica de indicados políticos para assumirem cargos técnicos precisa acabar.

“Tem muitos cargos técnicos que deveriam ser nomeados servidores de carreira. Qual sentido de colocar gente indicada politicamente para cumprir papel técnico? Eu não sou contra indicação política. A nossa legislação permite isso e o prefeito falou isso também, mas o que não permite é essa prática generalizada pra todos os cargos. Secretário e secretários adjuntos é da confiança do prefeito, os chefes de nível estratégico de governo devem ser de confiança do prefeito. Mas, os que trabalham nas unidades técnicas de atendimento à saúde, educação, assistência social, tem que ser técnico, tem que ser concursado”, observou.

“A pratica que vem sendo tomada na administração municipal, também acontece no Estado. Já são 20 anos sem um concurso público para a área da saúde. Mas, eu sou vereadora do município, então tenho autoridade para cobrar do poder municipal um concurso público. No período que o Stopa estava como prefeito, nenhuma iniciativa foi feita no sentido de realização de um concurso público e resolver o problema. Ficou-se muito no espetáculo no sentido de mostrar que estamos fazendo, mas efetivamente o que foi feito pra que o concurso pudesse andar um passo e a gente pudesse sanar esse problema? Não foi feito”, completou Edna Sampaio.

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