22/10/2021 - 09:24 | Atualizada em 22/10/2021 - 09:46
TJ nega prisão domiciliar e assessor de Emanuel ficará no CCC
Antônio Monreal Neto está preso e só deve ser liberado no próximo domingo (24).
Foto: Secom/Cuiabá
Por Ariana Martins
O desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou, na tarde desta quinta-feira (21),o pedido de prisão domiciliar para o servidor Antônio Monreal Neto, chefe de gabinete do prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB). Ele está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde a última terça-feira (19).
Neto foi preso na Operação Capistrum, que apura a existência de um esquema montado para acomodar indicações de políticos em cargos da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
No pedido da defesa, o advogado Francisco Faiad se embasou no fato de Antônio Neto ser advogado e que a administração penitenciária não lhe garantia o direito de ficar em cela reservada.
Antes de proferir a decisão, o desembargador ouviu o diretor do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), Isaias Marques de Oliveira. Ele garantiu que Antônio Neto segue em sala reservada e com local para banho de sol.
“Informamos a Vossa Excelência, que em cumprimento a decisão judicial o mesmo está separado dos demais reclusos, o local possui uma área construída de aproximadamente 42,93m2, incluindo solário de 11,72m2”, disse o diretor do CCC.
Operação Capistrum
O Ministério Público e a Polícia Judiciária Civil deflagaram uma operação nesta terça-feira (19) que investiga atos de irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS). O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a primeira-dama Márcia Pinheiro e do chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto são alvos da operação. Prefeito se diz surpreso com operação (veja nota no fim).
A Operação Capistrum é dirigida pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO) da Procuradoria-Geral de Justiça. as investigações são provindas do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa da capital.
Conforme a investigação, foram praticados atos ilícitos no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
Com isso foi pedido o Poder Judiciário do Estado medidas cautelares criminais visando a decretação de busca e apreensão e sequestro de bens em desfavor do Prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro e sua esposa Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro, do Chefe de Gabinete Antônio Monreal Neto, da Secretária Adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos Ivone de Souza e do Ex-Coordenador de Gestão de Pessoas Ricardo Aparecido Ribeiro.
Foi pedido o afastamento da função pública em relação a Emanuel Pinheiro, Antônio Monreal Neto e Ivone de Souza, e prisão temporária de Antônio Monreal Neto.