Após quase cinco anos da morte de Rodrigo Claro, soldado de realizava treinamento em curso do Corpo de Bombeiros Militar, o Conselho Especial de Justiça condenou a tenente Izadora Ledur a um ano em regime aberto por crime de maus-tratos.
O julgamento começou na tarde desta quinta-feira, após vários adiamentos.
O Ministério Público pediu a condenação da tenente pelo crime de tortura. O Promotor de Justiça da13ª Vara Criminal da Capital de Crimes Militares, Paulo Henrique Amaral Motta, disse que a perseguição contra Rodrigo era algo pessoal, já que sabia que o jovem tinha dificuldades físicas.
Ledur não participou do julgamento.
A defesa, feita pelo advogado Huendel Rolim, alegou que o que foi aplicado ao aluno também foi realizadado com outros soldados e que o intúito era de "ensina-lo".
Mais pelo fim da noite o julgamento foi encerrado com os votos do coselheros por 3 x 2 favoráveis a condenação por maus-tratos.
O caso
Rodrigo Claro participava de treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. O curso foi coordenado por Ledur.
Conhecida por sua conduta "dura", a tenente teria perseguido o soldado, sabendo da dificuldade que ele apresentava durante o treinamento.
Em uma atividade na água, Ledur realizou "caldos" (afogamento) com o jovem. Rodrigo relatou dores na cabeça e avisou que não iria conseguir terminar o treinamento. Ledur não queria deixa-lo sair.
O jovem acabou sendo liberado e procurou a unidade de sáude no bairro Verdão. Lá, ele teve várias convulsões.
Rodrigo morreu em 15 de novembro de 2016. O jovem ficou internado por 5 dias em um hospital particular de Cuiabá, quando veio a falecer.
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