Jair Bolsonaro fez o tradicional discurso de abertura na 76ª Assembleia-Geral da Organização da Nações Unidas (ONU) na manhã desta terça-feira, 21. Falando para seu eleitorado, o presidente afirmou que o Brasil é diferente do publicado em jornais e televisão, com uma sólida base "se levarmos em conta de que o País estava à beira do socialismo", acrescentou.
Bolsonaro aproveitou a ocasião para negar muitas das crises que o Brasil vive atualmente. "Estamos há dois anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção", disse, ignorando as apurações da CPI da Covid, que atingem o governo e aliados.
O presidente também comentou a economia brasileira, ignorando a pressão inflacionária. "O Brasil vive novos tempos, com uma das melhores economias entre os emergentes. Meu governo recuperou a credibilidade externa e se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos".
Bolsonaro também citou a a crise sanitária da covid-19, criticando o isolamento social, a obrigatoriedade da vacina e defendendo o chamado 'tratamento precoce', com medicamentos sem eficácia científica comprovada.
"Lamentamos todas as mortes ocorridas no Brasil e no mundo. Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea. As medidas de isolamento e lockdown deixaram legados de inflação no mundo todo. No Brasil, para atender os humildes obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos, concedemos o auxílio emergencial".
"Apoiamos a vacinação, contudo, nosso governo se posiciona contrário ao passaporte sanitário ou qualquer obrigação relacionada à vacina. Apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce. Eu fui um desses que fez o tratamento (...) Não entendo porque muitos países e a mídia se colocam contra o tratamento precoce. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos".
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