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Notícias | Saúde

17/09/2021 - 07:24

Anvisa diz que não há evidências para mudar recomendação de uso da vacina da Pfizer em adolescentes

Desde julho a vacina está liberada, sem restrição, para todos os públicos acima de 12 anos.

Giro Conti

Anvisa diz que não há evidências para mudar recomendação de uso da vacina da Pfizer em adolescentes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Portal G1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não há "evidências" que justifiquem a alteração da recomendação para uso do imunizante da Pfizer em todos os adolescentes entre 12 e 17 anos.

O posicionamento da Anvisa diverge da decisão anunciada pelo Ministério da Saúde, que pregou cautela e limitou o uso somente aos grupos prioritários (deficiência permanente, comorbidades e privados de liberdade).

Diferença entre decisões
A decisão do Ministério da Saúde sobre os adolescentes é diferente da tomada em maio sobre o uso da AstraZeneca em gestantes.

Naquela ocasião, foi a Anvisa que recomendou a suspensão da aplicação da vacina AstraZeneca em grávidas.

Um dia depois, o Ministério da Saúde acatou a indicação, ligada à investigação sobre morte de uma gestante, e autorizou apenas a CoronaVac ou a vacina da Pfizer para aquele público.

Leia também: Cinco municípios suspendem a vacinação de adolescentes após recomendação do Ministério da Saúde

À época, a decisão da Anvisa e do ministério teve apoio de especialistas. No caso da decisão sobre os adolescentes, a crítica foi unânime e até mesmo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) anunciaram "profundo lamento".

Caso sob investigação
A morte da jovem de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ocorreu em 2 de setembro e também está sendo analisada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.

Vacinação de adolescentes contra a Covid-19: entenda o que se sabe e o que está em prática no mundo
A paciente tomou a primeira dose contra a Covid oito dias antes da morte. O protocolo, nesses casos, é que haja uma apuração para entender se a aplicação teve ou não relação com a reação adversa. Até o momento, segundo as autoridades sanitárias, não há nenhuma comprovação nesse sentido.

O que se sabe sobre o caso:

Quando a adolescente tomou a vacina?
Em 25 de agosto, a adolescente de 16 anos recebeu a primeira dose do imunizante da Pfizer em São Bernardo do Campo.

Quando ela começou a sentir sintomas e quais foram eles?
Em 26 de agosto, ela começou a sentir cansaço e falta de ar, segundo informações da Rede Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo). No dia seguinte, procurou atendimento médico e voltou para casa. Depois, como não apresentou melhora, novamente foi ao Hospital Coração de Jesus, em Santo André. De lá, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Maternidade Vida's, em São Paulo, após um mal súbito. Em 2 de setembro, ela não resistiu e morreu.

Quem está responsável pela investigação do caso?
A Rede Cievs está fazendo o levantamento do caso, e vai avaliar a evolução clínica por meio do prontuário médico da adolescente; também será feita uma investigação e discussão técnica para analisar a causa da morte.

Em nota, o governo do estado de São Paulo diz ser "irresponsável a disseminação de qualquer informação que traga medo e insegurança aos adolescentes e familiares" e ressalta que não há comprovação, até o momento, sobre uma eventual relação entre a vacina e o óbito.

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