Quinta-feira, 2 de Maio de 2024
1 0
:
5 6
Escute a rádio online | Cuiabá

Notícias | Geral

15/03/2021 - 11:39 | Atualizada em 15/03/2021 - 11:43

MP não vê culpa em dono de arma que matou Isabele

Glauco é pai do adolescente que na época namorava a menor autora do disparo

Giro Conti

MP não vê culpa em dono de arma que matou Isabele

Foto: Reprodução

Por Ana Claudia Fortes

O promotor de Justiça Mauro Poderoso de Souza afirmou ao Judiciário que o empresário Glauco Fernando Mesquita Correa da Costa não cometeu o crime de omissão de cautela da arma utilizada na morte de Isabele Ramos, 14, assassinada pela melhor amiga em 12 de julho de 2020 em uma casa no Alphaville. Glauco é pai do adolescente que na época namorava a menor autora do disparo. Ele era o dono da arma que foi levada, segundo ele, sem seu consentimento para o local onde ocorreu a morte.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) em ação assinada pelo promotor de justiça Milton Pereira Merquíades, em fevereiro, investigava a suposta responsabilidade do empresário na morte da adolescente.
 
De acordo com os autos, o menor levou a arma que matou Isabele para a casa da então namorada. O motivo foi porque ele queria que o sogro, o empresário Marcelo Cestari resolvesse um problema no gatilho da pistola, que era usada na prática de tiro esportivo.
 
Ele teria levado a arma sem a autorização do pai e também sem ter qualquer autorização legal para porta-la. No case havia duas armas de fogo.
 
Imagens anexadas no inquérito pelos advogados de defesa do empresário Marcelo Martins Cestari e de sua esposa Gaby Soares de Oliveira Cestari, mostram o adolescente portanto armas de fogo, no interior de uma casa e dentro de um veículo.
 
Ele sempre estava em posse da arma de fogo, municiada ou desmuniciada, “inclusive, fazendo exibições de técnicas e destrezas da arma, já que era praticante de tiro esportivo”.
 
Com indício de entrega de armas de fogo para adolescente, que é crime, e fora de clubes de tiro apropriados, o MPE havia pedido a responsabilização dos envolvidos e a instauração do inquérito policial, para apurar a eventual responsabilidade de Glauco Fernando.
 
Apesar das novas provas, o promotor entendeu que Glauco “cumpriu integralmente à transação penal, motivo pelo qual requer o Ministério Público seja declarada extinta sua punibilidade”.


Relembre o caso
 
Isabele Guimarães Ramos, 14, foi morta com um tiro no rosto, em 12 de julho, quando estava na casa da melhor amiga, uma adolescente de também 14 anos na época do crime.
 
A amiga alegou que o disparo foi acidental, no entanto, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi doloso, ou seja, com intenção de matar.
 
A investigação autuou 4 pessoas, além da adolescente, que chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), foi internada e passou menos de 16 horas no Pomeri, mas conseguiu liberdade.
 
O processo está em andamento na Justiça e corre em sigilo.

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet