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27/06/2023 - 10:21

Athletico oficializa venda do naming rights da Arena da Baixada; contrato é de 15 anos

Os valores giram em torno de R$ 200 milhões; é a segunda vez que o clube atua neste tipo de mercado

Giro Conti

Athletico oficializa venda do naming rights da Arena da Baixada; contrato é de 15 anos

Foto: Athletico



Por Redação do ge

O Athletico oficializou a venda do naming rights da Arena da Baixada para a Ligga Telecom, empresa de telecomunicações, patrocinadora do Athletico. O tempo de contrato é válido por 15 anos.

Os valores são mantidos em sigilo, mas devem ser de R$ 200 milhões por 15 anos. A quanti foi informada pelo UmDois Esportes e confirmado pelo ge.

Assim, o clube receberia cerca de R$ 13,3 milhões por temporada. O nome do estádio atleticano passará a ser Ligga Arena a partir de 2023.

O acordo foi celebrado nesta quinta-feira em coletiva de imprensa no estádio. O anúncio partiu do presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, Aguinaldo Coelho de Farias. Ele ocupa o cargo de Mario Celso Petraglia, afastado do clube por questões de saúde.

Hoje se concretiza um sonho, que são de muitos conselheiros, atleticanos, mas, principalmente, de alguém que idealizou, para chegar em um dia de glória, do naming rights , Mário Celso Petraglia.
— Aguinaldo Coelho de Farias.

Athletico e o fundo negociavam desde outubro de 2021, mas esperavam o desfecho do acordo tripartite pela reforma da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Furacão, prefeitura de Curitiba e governo do Paraná estão próximos de anunciar o fim da discussão judicial, que se alastra há nove anos.

Na coletiva, o presidente do Conselho Deliberativo do Furacão citou que os assuntos são interligados, mas independentes.

O custo final da Arena da Baixada ficou em R$ 342,6 milhões, mas o acordo deve ser fechado perto dos R$ 500 milhões. Essa quantia será dividida de forma igualitária em R$ 166 milhões para cada. A ideia do clube é dar uma entrada próxima de R$ 50 milhões e parcelar o restante em até 20 anos.

- O planejamento estratégico do clube Athletico envolve vários projetos. O acordo tripartite faz parte do projeto de estruturação da Arena. Desde o seu início, mesmo que esteja em decisão judicial, o Athletico nunca se furtou ao diálogo. E é o que vamos fazer dentro do judiciário. Mas ele não impacta em nada o naming rights. São projetos interligados, mas independentes - destacou.

A venda do naming rights é um dos pontos principais do projeto do presidente Mario Celso Petraglia, afastado do cargo desde o começo do mês por problemas de saúde. Ele já tinha conseguido rebatizar o estádio no começo da década e agora consegue repetir a nova fonte de receita.

No Brasil, três estádios da Série A possuem nomes vendidos: Neo Química Arena (Corinthians), Allianz Parque (Palmeiras) e Itaipava Arena Fonte Nova (parceria público-privada).

Ligga Telecom

O grupo Bordeuax comprou a paranaense Copel Telecom por R$ 2,4 bilhões, em leilão realizado em novembro de 2020. A marca Copel, estatal de energia do Paraná, segue ligada ao governo do estado.

A empresa privatizada, por cláusulas contratuais, teve a obrigação de mudar seu nome-fantasia. A nova marca foi escolhida pelo público, com divulgação do próprio Athletico. A Copel Telecom estampa a camisa do clube desde outubro de 2021.

O fundo Bordeaux é comandado pelo empresário baiano Nelson Tanure, que lidera projetos de reestruturação de empresas. Ele tem a consultoria há três anos de Hélio Costa, ex-ministro das Comunicações entre 2005 e 2010, no governo Lula.

O grupo, criado em 2019 pela corretora de valores mobiliários Planner, também controla a Sercomtel Telecomunicações, com sede em Londrina. O fundo arrematou o leilão por R$ 130 milhões, em agosto de 2020.

Kyocera Arena

Pioneiro em adotar a estratégia de "vender o nome" do estádio, o Athletico teve o estádio batizado de "Kyocera Arena" entre 2005 e 2008. O contrato com a empresa japonesa rendia aproximadamente US$ 1,5 milhão por ano e não foi renovado por opção do clube, que apostava em valores maiores no mercado - não conseguiu.

Agora, o Furacão terá um novo parceiro para que a Arena tenha mais uma fonte de arrecadação. Reformado quatro vezes em sua história, o estádio Joaquim Américo ganhou arquitetura definitiva para a Copa do Mundo de 2014.

Segundo o balanço financeiro de 2022, o Athletico arrecadou R$ 5,9 milhões com o estádio. O número aumenta para R$ 15,6 milhões com a loja oficial localizada dentro do espaço.

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