Da Redação
Em entrevista à Rádio Conti, o presidente da Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe), Marcos Gluek, afirmou que o projeto do Transporte Zero, do Governo de Mato Grosso, dará assistência ao pescador profissional e uma nova oportunidade de geração de renda.
“O projeto prevê uma capacitação não só para pesca, mas para outras atividades também. Essa capacitação, para a segurança do pescador, e a assistência que o Governo vai dar nesse início são iniciativas importantes. O Governo está dando alternativas e não vai desamparar o pescador. O ribeirinho autêntico, que está ali profissional e regularizado, vai ter seu sustento garantido e a oportunidade de gerar nova renda”, afirmou em entrevista ao jornal Giro Conti.
Ele destacou ainda que a proposta que visa combater a pesca predatória pelo período de cinco anos é pautada nos exemplos de Goiás e da Argentina.
“Na Argentina dá certo porque lá tem preservação e os guias entenderam que aquele é o sustento deles, que a cadeia produtiva gira não só para eles, mas para a família e todos os outros. Em Goiás também é muito bonito de se ver. Lá o trinômio sustentabilidade, que é a parte econômica, social e ambiental, funciona perfeitamente. Eles buscam proteger a fauna aquática de uma forma geral. Isso vai se espalhando e cada vez mais o fluxo turístico aumenta”, pontuou.
Marcos acrescentou que o estado foi por muito tempo um dos principais destinos turísticos de pesca no Brasil, mas a vinda de turistas diminuiu bastante por conta da redução de peixes nos rios do estado.
“Mato Grosso tem lugares incríveis. É um estado muito rico e cheio de potencial, e que está sendo jogado fora por conta da pesca predatória. É uma situação emergencial e algo precisa ser feito”, acrescentou.
Por fim, ele ressaltou que as notícias falsas sobre o projeto acabam criando inverdades sobre a real proposta. “Estão espalhando fake news de que a pesca vai acabar. A pesca não está proibida e não vai acabar. Mas temos que pensar na sustentabilidade, na preservação. É extremamente importante darmos um fôlego para os rios respirarem”, finalizou.
Veja a entrevista na íntegra: