Por Jenisson Viana
Em entrevista ao Giro Conti, a deputada federal, professora Rosa Neide (PT) falou sobre a futura atuação no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela que encerra seu mandato, acabou não sendo reeleita em Mato Grosso, mesmo sendo a candidata mais votada no estado, com mais de 124 mil votos, por conta do quociente eleitoral.
“Não tem a sensação de que eu perdi, porque a população reconheceu o trabalho, avaliou bem e deu uma votação expressiva e eu preciso trabalhar muito, independente de estar ou não no mandato, porque a gente precisa responder aqueles e aquelas que me escolheram como representante”, afirmou a deputada.
Sobre o futuro e sua atuação no governo Lula, a parlamentar disse que existem dois convites: da Secretaria do Governo da Presidência (Segov) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Rosa Neide disse que convite do MDA é mais atraente no sentido que a agricultura familiar foi algo que sempre desejou.
A deputada disse que o MDA possibilita fazer um trabalho melhor estruturado, por conta de existir diretorias, superintendências e Companhias Nacionais de Abastecimento (CONAB) nos estados. Ela também destacou o potencial agrícola em Mato Grosso e a tendência em assumir o cargo no MDA no mês de fevereiro.
Lembrando de sua atuação na questão da educação, Rosa Neide afirmou que nunca deixará de estar com essa bandeira. “Só que a educação não é ramificada na estrutura do estado, o Ministério da Educação (MEC) é em Brasília, você não tem desdobramento, você tem ações políticas que desdobram nos estados”, pontuou a parlamentar sobre a diferença do MEC e do MDA.
Rosa Neide também falou sobre o trabalho de transição, onde ficou responsável por discutir o orçamento. “A do MEC estava praticamente com o orçamento a zero, inclusive alimentação escolar que estávamos com em torno de 0,20 centavos/dia por criança, não tinha mais bolsa para os estudantes, faltava os recursos das universidades, dos institutos federais”, frisou sobre sua atuação.
Ela disse que além de participar de todas as reuniões, que discutiu um projeto de educação para o país, ela ficou o tempo todo centrada com a equipe financeira tentando reelaborar o orçamento. “E deu certo, conseguimos um orçamento que garantiu 12 bilhões para a educação, cobrindo aquilo que os reitores das universidades através da ANDIFES e CONIFS”, relatou a deputada afirmando que o resultado foi possível pelo trabalho da PEC da Transição.
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